quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Estamos SobreVivendo

 


Nestes mais de 500 dias de quarentena (de 17/03/2020 a 27/08/2021 =528 dias)  vimos de tudo. Desde hipocrisia até falência.
Vimos senhores e senhoras de saberes absolutos (os deles, lógico) discordarem de procedimentos óbvios para, em seguida, utilizarem os mesmos. 
Vimos incrédulos marcarem festas e reuniões e antes delas acontecerem serem acometidos do vírus e com isso se tornarem fiéis acusadores .
Vimos professores perdidos  em meio ao caos tecnológico e a famílias que sempre delegaram a outros a responsabilidade pelos filhos.
E também vimos outros professores se perderem tanto em ideologias falhas que se contradizem o tempo todo.
Vimos lojistas fazendo vendas a portas fechadas como se estivessem vendendo artigos ilícitos.
Vimos trabalhadores sujeitando-se ao escárnio de empresas de transporte e gestores municipais e estaduais.
Vimos uns chamarem outros de gado indignando-se quando confrontados sobre as ofensas (ah! Mas eles dizem que não ofendem). Mal sabem que esperamos por 16 anos, ou mais, a burricada passar.
Vimos a turma do "Fique em Casa", fiéis depositários das ordens da OMS, reunirem-se em bares, festas,  viagens... E até começar novos relacionamentos (mas ué... Se vcs estão em casa e dizem que fora só o Bolsonaro, como fizeram tudo isso?)
Com tudo isso, 
vimos o mundo mudar. Infelizmente não acredito que mudamos para melhor. 
Quem acredita, continuará acreditando. Quem ofende, continuará ofendendo e achando que o outro é ruim.
Quem trapaceia, continuará trapaceando.
Essa pandemia só nos fez ter certeza de que as redes sociais deram  vozes aos imbecis e ignorantes; de que a convivência familiar é importante e algumas vezes difícil; e de que tudo pode ser melhorado.
Aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, que prestar atenção e cuidado  para com o outro não nos torna inferiores.
Percebemos que tudo pode ser feito pela internet, que nada é por acaso, que a única coisa insubstituível é o amor e que a única coisa real na vida é a morte.