quinta-feira, 13 de junho de 2013
meu herói: Alexandre Garcia
Nesta semana (10/JUNHO/2013) o jornalista Alexandre Garcia fez um comentário um tanto interessante aos nossos ouvidos tão acostumados a ouvir que a "culpa" por toda a ruindade da educação é nossa, ele disse que temos "motivos" para tantas licenças.
É claro! Estamos cansados! Estamos cansados de trabalhar e não ver evolução em tudo que fazemos. Cansados de ver que tem gente que não faz nada e ganha "rios de dinheiro" com propinas e facilidades. Cansados de ver famílias inteiras acreditando em tudo o que os adolescentes dizem sem nem ao menos verificar a veracidade dos fatos. Cansados por ter passado horas intermináveis corrigindo provas e trabalhos de crianças que nem fazem questão de estar na escola e nem tiram o "clique aqui" do trabalho colado. Cansados de viver na mentira do documento mais importante da escola: o Diário de Classe. Estamos cansados da pressão unilateral, do baixo salário e das condições horrendas de trabalho.Estamos cansados de nos dedicarmos a quem não merece dedicação.
Chega do "C de coitadinho", quero motivar aquele aluno que tem gana por aprender. Quero instigar a curiosidade e a inteligência de quem busca em mim caminhos para "sair da escuridão". Não quero mais ajudar quem espera que eu lhe dê o mapa já traçado com direito a "bolsas". Quero o meu Brasil muito forte e perspicaz.
Obrigada Alexandre Garcia por entender o que estamos passando.
10/06/2013 08h37 - Atualizado em 10/06/2013 08h37
Alexandre Garcia: 'Professores têm motivos para se afastar da escola'
Para o comentarista, o alto número de licenças médicas de professores é sinal de que há muita coisa errada.
O número altíssimo de licenças médicas de professores deveria ter servido, há muito tempo, de aviso para as autoridades da educação. É um sinal de que muita coisa está errada. Deve haver licenças sem motivo, sim, mas o que se vê é que a imensa maioria de professores têm motivos fortes para se afastar da escola em que lecionam. São professoras que são ameaçadas de morte por alunos marginais.
Pais ausentes, que só aparecem para brigar. Escolas, que deveriam ser os prédios mais lindos e mais acolhedores do município, muitas vezes estão em situação precária, sem instalações sanitárias compatíveis, telhado que não isola do calor, muros derrubados, cercadas por traficantes. Só abnegados para trabalhar em um lugar desses, por salários que deveriam estar entre os mais altos do serviço público.
Em escolas onde diretores são eleitos, professores ficam sujeitos à demagogia misturada à pedagogia; em outros, a direção da escola está político-partidarizada e fica difícil ensinar o que realmente interessa. Aí vem o esgotamento, a desistência e a fuga. A educação, que deveria libertar, não liberta da ignorância que acorrenta à dependência. E quem perde é o futuro, como mostrou o aluno sem aula: "quem tá perdendo é nós.".
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